quarta-feira, 21 de março de 2012

PCR realiza terceira edição da Semana Chico Scienc

Por ; Prefeitura Do Recife

Evento gratuito promove uma série de debates na Livraria Cultura e encerra com shows no Pátio de São Pedro

O Memorial Chico Science, equipamento cultural da Prefeitura do Recife, promove de 20 a 23 de março, a terceira edição da Semana Chico Science. O evento gratuito, com curadoria de Ricardo Brazileiro e Ricardo Ruiz da 3ecologias.net, aborda o tema “Banditismo por uma questão de classe: música e hacktivismo na cultura contemporânea” em debates com a participação de diversos profissionais que de uma maneira ou outra inserem o assunto em seus trabalhos. Os diálogos irão acontecer na Livraria Cultura sempre às 19h.

Para fomentar as discussões o Memorial Chico Science traz convidados como Natália Viana (SP) – jornalista; Lourival Cuquinha (PE) – artista plástico; Adriano Belisário (RJ) – gerente de Cultura Digital da Secult do Estado do Rio de Janeiro; Gil BV (PI) – integrante do grupo de rap Flagrante; Dj Jaloo (PA) – produtor musical; Queops Negão (PE) – músico; TC Silva (Campinas – SP) – um dos fundadores da Casa de Cultura Tainá; e H.D. Mabuse (PE) – webdesinger.

No último dia (23), o público participa de um workshop prático de culinária com degustação, coordenado pelo chef Danilo Lopez Martinez (PE), embalado pela trilha sonora de Jabá Pureza e os Lanternistas Viajantes (RN/PE/BA), no Memorial Chico Science. E pra encerrar o evento tem os shows de Trombonada e Rivotril, no Pátio de São Pedro, às 20h.

terça-feira, 6 de março de 2012

Continuam abertas as inscrições para o Pernambuco em Dança 2012

fonte: Prefeitura do Recife
O festival, que tem apoio da Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura, acontece de 14 de abril a 20 de maio
Faltam poucos dias para o fim das inscrições do Festival Pernambuco em Dança 2012. Poderão participar grupos profissionais e amadores, escolas e academias, grupos de pontos de cultura e projetos sociais de qualquer estado do país e estrangeiros. As inscrições serão feitas até 10 de março de 2012. O material (ficha técnica, release e fotos em alta resolução gravados num CD e um DVD com a coreografia a ser apresentada) deve ser entregue ou enviado pelos Correios para o endereço Rua Vidal de Negreiros, nº 318, Apartamento 701, Edifício São José – Recife-PE – CEP: 50.020-480, e também enviado para o email peemdanca@gmail.com.

O festival, que nesta edição homenageia André Madureira e o Balé Popular do Recife, será realizado por meio do incentivo do Fundo de Cultura do Governo de Pernambuco (Funcultura) e apoio da Prefeitura do Recife, por meio da Fundação de Cultura/Secretaria de Cultura; do Conséil International de La Danse (CID-UNESCO); do Conselho Brasileiro da Dança, por meio da Delegacia Regional de Pernambuco; Rede Globo Nordeste; e Governo do Estado de Pernambuco/ Secretaria de Cultura do Estado/ Fundarpe. A produção geral é de Fred Salim e Dani Bastos.

O evento começa no dia 14 de abril e segue até 20 de maio. Todas as atividades terão início às 19h. A abertura de todas as noites será com um espetáculo pernambucano, valorizando a produção da dança local. O Pernambuco em Dança 2012 será realizado no Teatro de Santa Isabel (dias 24, 25 e 26 de abril), no Pátio de São Pedro (dia 29 de abril), além dos municípios de Paudalho (dias 05 e 06 de maio), Bezerros (dias 12 e 13 de maio) e Bonito (dias 19 e 20 de maio). As comunidades do Ibura (UR-2) e Alto José Bonifácio continuam a ser contempladas com diversos espetáculos de dança nos dias 14 e 15 de abril (Ibura) e 21 e 22 de abril (Alto José Bonifácio).

Mais informações:
E-mail: peemdanca@gmail.com
Twitter: @peemdanca

Homenageados
André Madureira – André Madureira iniciou suas atividades artísticas, profissionalmente, aos 15 anos de idade como coordenador do Programa de Auditório Gurilândia Show, na Rádio do Jornal do Commercio. Ele também foi produtor de televisão, em 1972, na TV Jornal, e, paralelamente, criou uma Cia. de Teatro Infantil, denominada Grupo Teatral Gente da Gente. No campo da dança, começou seus trabalhos de pesquisa com o grupo Circense de Dança Popular, em 1976, e, em seguida, convidado por Ariano Suassuna, fundou o Balé Popular do Recife no dia 20 de maio de 1977, no Teatro do Parque, na Boa Vista, na cidade do Recife. Com o Balé Popular do Recife, veio o reconhecimento e a valorização da cultura nordestina e, em particular, a pernambucana.

Em 1981, na Cidade de São Bernardo do Campo, André Madureira lança os princípios do Método de Dança Brasílica. Em 1983, criou a Escola Brasílica para formação de bailarinos, coreógrafos e pesquisadores da cultura nordestina. Em 1983, criou a Feira do Frevo na Casa da Cultura de Pernambuco e lançou a Cartilha do Frevo. Em 1987, criou o Balé Popular Infantil no qual apresentou, coreografou e dirigiu o espetáculo Brincadeira de Rodas e Estória e Canções de Ninar. Em 1994, lançou a Confraria da Dança Dramática com o espetáculo Opereta do Recife, que foi apresentado no Forte das Cinco Pontas, no Recife.

Em 1991, criou o Balé Brasílica – Grupo Jovem do Balé Popular do Recife (este grupo fez muito sucesso com os espetáculos Baile do Menino Deus, que apresentou nove temporadas durante seus 15 anos de existência). Logo depois, remontou o espetáculo Oh! Linda Olinda!, seguido do espetáculo As Presepadas do Dr. Muncanga, em 1993, e O Romance da Nau Catarineta. O coreógrafo, em 2008, lançou o livro Alvíssaras Meu Povo. Já em 2009, recebeu o Título Ordem ao Mérito Cultural pelo Ministério da Cultural do Governo Federal.

Muitos espetáculos, que foram encenados pelo Balé Popular do Recife, são de sua autoria como Brincadeira de um circo em decadência, Prosopopéia – Um auto de guerreiro, Oh! Linda Olinda!, Nordeste – A Dança do Brasil, Brasílica – O Romance da Nau Catarineta e As andanças do Divino, que foi feito em comemoração aos 30 anos de existência do grupo. Atualmente, André Madureira é diretor-geral do Balé Popular do Recife e do Balé Brasílica, além de Patrono do Balé Brasil Brinquedo – Cia. Infantil do Balé Popular do Recife.

Balé Popular do Recife – Fundado em 1977, o Balé é um dos primeiros grupos profissionais de dança do Recife e o mais antigo e constante em atuação. O Balé Popular foi, na época de sua criação, formado por artistas e produtores que não têm formação técnica em dança, mas que se debruçam sobre os folguedos tradicionais para aprender e catalogar seus movimentos. A pesquisa liderada por André Madureira conta com o trabalho constante de Walmir Chagas, Ângela Fischer, Ana Madureira, Felipe Santiago, entre outros.

Artisticamente falando, o grupo é o responsável pela formação do segmento de dança popular, ao estruturar uma pesquisa sobre os folguedos populares, catalogando, nomeando e recriando movimentos desses folguedos e, em seguida, difundir essas danças por meio dos seus espetáculos e cursos. A atuação do Balé Popular do Recife apresenta um repertório de movimentos da dança popular com riqueza nos figurinos e ressaltando aspectos de beleza visual. Isso ajuda a difundir essas danças junto à classe média e a estimular as práticas de valorização da cultura popular.

Nos seus três primeiros anos de existência, o Balé recebeu apoio da Prefeitura do Recife até que as mudanças políticas extinguiram o convênio. A partir de então, o grupo estrutura estratégias para sua manutenção, participando de festivais e circulando pelo Sul e Sudeste do País. O Balé Popular do Recife já levou a arte local aos cinco continentes, passando por países como, por exemplo, Canadá, Estados Unidos, Cuba, Peru, Argentina, Espanha, França, Portugal, Israel, China, Costa do Marfim, Holanda, Alemanha e Venezuela. O sucesso fora do Estado ajuda o Balé Popular a se estabelecer como referência da cultura local, atuando em praticamente todos os eventos turísticos da cidade. Durante a década de 1980, o grupo consegue manter três elencos: o em formação, o que viaja e o do Centro de Convenções (Cecon), totalizando 72 bailarinos.

Pernambuco em Dança – Surgiu a partir do Dia Internacional da Dança e começou a ser comemorado em 2001 por causa de uma lacuna que existia, há mais de 15 anos, na dança do Recife. Isso porque foram extintos o Ciclo de Dança do Recife e o Projeto Estação Dançar. A ideia surgiu do delegado do Conselho Brasileiro da Dança em Pernambuco, Fred Salim, com o apoio dos bailarinos pernambucanos, Marcelo Pereira, Mariza Queiroga, Heloisa Duque e Mika Silva. O evento foi o pioneiro com relação às homenagens aos artistas e personalidades da dança, pois havia uma necessidade de agradecer aos diversos profissionais do Estado de Pernambuco pela contribuição com a dança. Com isso, foi criado o Troféu e Diploma Construtores da Dança em Pernambuco.

Depois de 2003, com o aumento dos dias das apresentações, a equipe foi naturalmente dissolvida pelo cotidiano de cada um. E, no Teatro do Parque, surgiu o I Festival de Dança do CBDD, que já acontecia no Rio de Janeiro. Dando continuidade ao projeto, devido ao crescimento da dança e dos dias de programação, foi criado um evento com um nome próprio para diferenciar dos demais festivais de dança no Estado de Pernambuco.

O evento tem uma filosofia completamente diferente dos festivais de dança existentes no País, pois, além de não ser competitivo, os bailarinos não pagam taxa de inscrição para sua participação. Deu-se, portanto, mais ênfase aos grupos de comunidades e de projetos sociais, escolas, academias, grupos amadores e profissionais pernambucanos, nacionais e internacionais. Surge, então, em 2005, o Pernambuco em Dança. Neste mesmo ano, Fred Salim convidou a bailarina Paula Azevedo para fazer parte da curadoria.

Em 2007, Fred Salim sentiu a necessidade de incluir, na primeira parte do Festival, apresentações de espetáculos completos, devido a grande quantidade de produções locais. Isso fez com que o evento ficasse caracterizado como o maior encontro da dança local. No ano de 2011, a bailarina Paula Azevedo deixou de fazer parte da curadoria do Festival para se dedicar à Criart Cia de Dança, além de criar o seu próprio espaço de dança. No mesmo ano, sentindo a necessidade de profissionalizar ainda mais o evento, Fred Salim convidou a produtora cultural Dani Bastos para fazer parte da equipe do Pernambuco em Dança e a parceria continua até os dias atuais. E, para suprir a necessidade com a imprensa, o jornalista Gianfrancesco Mello foi convidado para assumir a assessoria de comunicação do Festival. O Pernambuco em Dança sempre contou com o apoio da Prefeitura do Recife.

Exposição Lua Gonzaga volta ao Recife

Fonte : Prefeitura do Recife

A Exposição Lua Gonzaga, do Memorial Luiz Gonzaga (Fundação de Cultura Cidade do Recife), retorna ao Recife depois do circuito pelo Sertão pernambucano, durante o segundo semestre de 2011. A mostra será inaugurada na próxima segunda–feira (5), às 8h 30,  no Centro de Formação de Educadores Professor Paulo Freire.

A exposição Lua Gonzaga traz textos e imagens acerca da vida e trajetória do Rei do Baião e faz parte das diversas comemorações pelo centenário do artista, realizadas pela Prefeitura do Recife. A mostra fica em cartaz durante todo o mês de março no Centro de Formação de Educadores Professor Paulo Freire, localizado na Rua Real da Torre, 299, Bairro da Madalena, Recife – PE.

Luiz Gonzaga - Representante maior da música popular nordestina, Luiz Gonzaga interferiu decisivamente na trajetória da música brasileira ao introduzir no cenário nacional os ritmos do sertão e do nordeste – toadas, xotes, xamegos, baiões, xaxados, marchinhas, emboladas. Ao reencontrar-se com suas raízes musicais, ajudou a moldar a identidade nordestina no imaginário do Brasil, imprimindo ao acordeon das valsas e tangos, a partir da década de 40 do século XX, uma nova musicalidade. A partir daí, a sanfona adquiriu nova personalidade.

Na sua busca obstinada pela essência sertaneja, Luiz Gonzaga encontrou nos arquivos da memória os instrumentos musicais para compor uma orquestração diferenciada, com o sotaque de sua terra, criando o primeiro trio de sanfona, zabumba e triângulo. Na vestimenta dos cangaceiros e vaqueiros, encontrou sua personalidade estética. Sua influência não pode ser mensurada. É a tradução musical e imagética da própria alma nordestina definitivamente inscrita no cenário brasileiro. Se fosse vivo, Luiz Gonzaga completaria 100 anos de idade, no próximo ano, em 13 de dezembro.